sábado, 12 de maio de 2012

Os Pastorinhos de Fátima


Na sala, está sentada muita gente de bem, e alguma deveras importante, especialmente para nós.
Trata-se, por exemplo, de todos os sacerdotes da Paróquia de Odivelas, do Rev. Padre Cabecinhas, Reitor do Santuário de Fátima, do Rev. Padre Nuno Fernandes, Director do Jornal Voz da Verdade, do Patriarcado de Lisboa, e de uma jovem muito especial, franzina e alegre, a Irmã Ãngela, Postuladora para a Beatificaçao dos Pastorinhos.


Entra a Comadre Maria Rosa para participar à Olímpia e ao Manuel Marto que a sua filha Lúcia, a mais nova de oito irmãos, vai começar a tomar conta do rebanho porque a sua Carolina, que já fez doze anos, vai aprender costura ou tecelagem – já está tão crescida! O compadre Manuel diz que os seus dois mais pequenos, a Jacinta e o Francisco, também querem ir guardar o gado, e chegam a conclusão que e para poderem estar sempre juntos, já que estes primos são inseparáveis. 



Corre o ano de 1916. Estas crianças de quem se fala são… (já adivinhou de certeza!...) os Pastorinhos de Fátima. Viagem ao passado? De certo modo, sim. Trata-se da peça de teatro que estreou no passado dia 5 de Maio no Auditório Rainha dos Apóstolos, Patameiras, Odivelas, Os Pastorinhos de Fátima. Trata-se de um Drama/Oratória, da autoria de Eurico Lisboa Filho. 



«Não conheço esse noma», dir-me-á. Mas eu explico quem foi este grande Senhor do Teatro em Portugal. Foi director da secção de teatro do Conservatorio Nacional, tendo atravessado aí épocas especialmente conturbadas, como por exemplo a II Guerra Mundial, tendo-se aposentado já bem velhinho alguns anos depois da revolução de 1974.



Foi professor de várias gerações de actores portugueses, e foi Professor toda a vida. Daqueles Professores com maiúscula. Era também filho de Eurico Lisboa, medico, um dos primeiros crentes incondicionais das Aparições de Fátima. Foi este Dr. Eurico Lisboa, então Director do Hospital da Estefânia, que trouxe a Jacintinha para Lisboa, sendo aí que a vidente veio a falecer.



Este e um espectáculo que foi muito rezado, e que convida à oração. Como alguns espectadores disseram no fim, “dei comigo a rezar”. Apela a oração, à conversão, ao conhecimento da Mensagem de Fátima, para assim melhor caminharmos para Deus. Mostra-nos como Fátima é profundamente litúrgica, e profundamente evangelica. E revela-nos o segredo que Nossa Senhora depositou à guarda destas crianças heróicas. E convida-nos também a conhecer o melhor remedia de vida: a Comunhão Reparadora dos Primeiros Sábados.



Para quem puder, próximas actuações dias 12 e 26 de Maio às 21h 30, e 27 de Maio às 17horas.
Porque não há melhor caminho para Deus do que o coração da Mãe.
Margarida Athayde

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